Cinco anos após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar que o mundo enfrentava uma pandemia causada pelo coronavírus, em 11 de março de 2020, o Brasil ainda tem mortes registradas pela covid-19. No ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde, o país teve 5.959 mortes, com 862.680 casos notificados pelas Secretarias estaduais.
O Paraná teve 16.216 novos casos registrados no ano passado, segundo os boletins da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), com 117 mortes. Desde que o quadro de pandemia foi declarado pela OMS, o estado teve o registro de 3.019.029 casos, com 46.773 óbitos. Em Londrina, foram 165 mil casos em 2.675 mortes. O país teve 39.221.872 pacientes infectados e 715.488 óbitos. Foram 14.785 mortes em 2023 e 74.797 em 2022.
Secretária de Saúde de Curitiba durante toda a pandemia, a deputada estadual Márcia Huçulak (PSD) avalia que as mortes registradas atualmente são de pessoas não vacinadas ou que não completaram o ciclo vacinal. “Hoje, as mortes são de não vacinados ou com o esquema incompleto. A Secretaria de Saúde de Curitiba fez um levantamento dos óbitos que ocorreram em 2024, e cerca de 85% dos óbitos registrados no ano passado eram de pessoas não vacinadas ou com doses incompletas. Já estamos com seis doses”.
Além de expor as pessoas não imunizadas a riscos, baixos índices de vacinação permitem que o vírus circule e passe por mutações, diz Huçulak. “Poderíamos ter vencido a pandemia mais rapidamente, mas tivemos tantas variantes do vírus por conta da baixa cobertura vacinal. A vacina é como um guarda-chuva. Uma baixa cobertura não consegue acabar com a replicação viral”, afirma. “O vírus sempre tenta se adaptar ao meio. A variante é uma adaptação”.