Órgãos reguladores dos Estados Unidos acabam de aprovar o teplizumab, um remédio imunoterápico “revolucionário” que comprovadamente retarda o desenvolvimento do diabetes tipo 1.
Esta é a primeira vez que um tratamento combate a diabetes pela causa da doença, e não apenas os sintomas. Especialistas dizem que o medicamento marca o início de uma era positiva no tratamento dos pacientes.
“É a primeira vez que conseguimos chegar à raiz do motivo de a condição se desenvolver, e ajudar a mudar o processo, então não estamos mais tratando os sintomas”, disse Rachel Connor, da JDRF UK, que financiou parcialmente o estudo.
A esperança é que o teplizumab chegue em outros países em poucos meses e possa beneficiar pacientes de todo o mundo com o novo tratamento. Segundo a OMS, atualmente há aproximadamente 8,7 milhões de pessoas com diabetes tipo 1 no planeta.
Um dos maiores “fardos” para pacientes com diabetes tipo 1 é a necessidade da verificação diária dos níveis de açúcar no sangue, assim como o uso de insulina, por injeção ou infusão.
A nova droga funciona por meio da reprogramação do sistema imunológico para impedir que ele ataque erroneamente as células pancreáticas que produzem insulina.
Com isso, o medicamento atrasa o desenvolvimento da doença por uma média de dois anos. Esses dados foram obtidos com os testes nos primeiros voluntários, que começaram em 2019 e terminaram este ano.
Especialistas dizem que esse atraso pode ser muito significativo, sobretudo para os jovens que não precisariam tomar insulina diariamente ou monitorar o nível de glicose com tanta intensidade nesse tempo.
O que é diabetes?
Diabetes é uma condição crônica que faz com que o nível de glicose no sangue de uma pessoa fique muito alto.
Existem dois tipos principais:
– Tipo 1: em que o sistema imunológico do corpo ataca e destrói as células que produzem insulina.
– Tipo 2: em que o corpo não produz insulina suficiente ou as células do corpo não reagem à insulina.
O diabetes tipo 2 é muito mais comum do que o tipo 1.
Fonte: .sonoticiaboa